domingo, 27 de outubro de 2013

ENERGIA RENOVÁVEL

De micróbios a raios: novos modelos de energia renovável

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A crise ambiental global e a ameaça constante de escassez de petróleo continuam a impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento de novas fontes de energia renovável, mais eficientes e acessíveis.
Algumas pesquisas recentes vêm realizando experimentos com fontes e tecnologias que parecem um tanto insólitas, mas que podem compor a matriz energética das cidades do futuro. Conheça quatro delas neste artigo.

Micróbios energéticos

Cientistas da Universidade de Stanford criaram uma técnica de geração de eletricidade a partir de águas residuais que batizaram de “bateria microbiana”.
A energia é extraída de microorganismos anaeróbicos, que reagem a óxidos minerais e transformam nutrientes orgânicos em biocombustíveis. O protótipo de bateria de Stanford tem eficiência de 30% , semelhante à das células solares de uso comercial, mas os pesquisadores esperam que ela forneça parte da energia elétrica consumida no tratamento de águas residuais.
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Por enquanto, a única desvantagem é que as baterias são feitas de óxido de prata, um material caro para fabricação em larga escala. O próximo passo é encontrar um material mais acessível e apropriado para armazenar energia gerada pelos micróbios.

Do raio para o celular

Se Victor Frankenstein pôde animar um monstro com a energia dos raios no século 19, por que a mesma técnica não poderia recarregar a bateria de um celular?
A Universidade de Southampton e a Nokia se associaram para criar um sistema de recarga para o modelo Lumia 925 que capta e transforma os volts produzidos por raios e trovões.
“Reproduzimos o calor e a energia de um raio com um transformador de corrente alternada, que gera 200 mil volts em um espaço de 300 milímetros”, explica Neil Palmer, diretor do Laboratório de Alta Voltagem da universidade. “Em seguida, processamos o sinal gerado com um segundo transformador para carregar o celular”.
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Palmer ficou surpreso ao ver como o celular Nokia estabilizou o sinal para carregar a bateria. “Essa descoberta comprova que dispositivos eletrônicos podem ser recarregados com as correntes que permeiam o ar, um passo importante para compreender os raios como fonte de energia”, acrescenta.

Pingos de chuva transformados em energia

Para visualizar um copo de água produzindo energia, pense em uma usina hidrelétrica. Uma equipe de pesquisadores do MIT descobriu que as gotas de água se carregam com eletricidade estática em contato com uma superfície repelente.
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Os cientistas já sabiam que as gotas, ao entrar em contato com superfícies altamente repelentes, tendem a ser catapultadas pelo excesso de energia. Nesse caso, eles descobriram que as gotas são carregadas positivamente quando saltam e, em seguida, se repelem.
Sob a orientação de Nenad Miljkovic, os pesquisadores do MIT usaram uma superfície repelente, água e um eletrodo condutor de eletricidade. Com uma câmara de alta velocidade, eles registraram o momento em que as pequenas partículas se aproximam do fio.
Miljkovic explica que essa reação pode melhorar a superfície dos condensadores utilizados nas centrais elétricas. Além disso, podem auxiliar no desenvolvimento de sistemas para captem vapor da atmosfera e gerem energia a partir da exposição a elementos repelentes.

A luz também pode ser “colhida”

As pesquisas sobre o aproveitamento do sol como fonte de energia são um campo bastante fértil e em constante evolução. Os primeiros coletores solares surgiram em 1867, e as células fotovoltaicas, em 1880.
Agora, pesquisadores da Universidade da Pensilvânia descobriram um novo método de “colher” a energia gerada pela luz. “Descobrimos um processo que é muito mais eficiente que a fotocondução convencional”, explica Dawn Bowell, diretor da pesquisa.
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A descoberta se baseia no estímulo de nanoestruturas de plásmon, um material feito de partículas de ouro e moléculas fotossensíveis de porfirina, que otimiza a distribuição da luz a partir de radiações ópticas para gerar correntes elétricas . É uma reação que produz energia manipulável e pode servir para melhorar o desempenho das células solares e de outros dispositivos.
Com a descoberta, smartphones e computadores poderiam ser alimentados com circuitos que reagem à luz, um grande passo na direção da produção sustentável de energia.

sábado, 26 de outubro de 2013

TSUNAMI


Tsunami

 
     
Tsunamis são gigantescas ondas
Tsunamis são gigantescas ondas

Tsunami, denominação derivada do japonês que significa onda de porto, corresponde às ondas provocadas por deslocamento da crosta oceânica que empurra a massa de água para cima, além do deslocamento de terras e gelo ou impacto de um meteorito no mar.
Em geral, um Tsunami é formado a partir de anomalias que provocam deslocamentos de uma enorme massa de água como terremotos, deslocamentos de massa continental, erupções vulcânicas ou meteorito, esse fenômeno pode surgir sempre que ocorrer acidentes geológicos de forma repentina na superfície marinha, que faz deslizar de forma vertical a massa de água.
Grande parte dos Tsunamis ocorre no Oceano Pacífico, no entanto, nada impede que aconteça em qualquer lugar e hora. Os Tsunamis são ondas gigantescas, existem estimativas de ondas com mais de 30 metros de altura e velocidade incrível de mil quilômetros por hora, a formação de grandes ondas ocorrem também a partir de terremotos continentais, um exemplo disso foi o Grande abalo sísmico do Chile, que resultou em mortes no Havaí, que, apesar da distância, foi atingido por ondas que migraram pelo Pacífico.
Esse fenômeno natural é um perigo real e em muitos casos é difícil de prever, quando acontece certamente produz uma grande destruição, além de inúmeras mortes, diante disso é de fundamental importância a dispersão em todos os oceanos de equipamentos e sondas para identificar possíveis abalos e assim evacuar áreas para que pelo menos vidas humanas sejam poupadas, uma vez que prejuízos financeiros são inevitáveis nesse caso.

VULCÃO

Vulcão  é um ponto da superfície terrestre por onde o material fundido (magma), gerado no interior da terra e, ocasionalmente, material não fundido são expelidos. Estes materiais se acumulam ao redor do centro emissor, dando lugar a relevos com morfologias diferentes. De acordo com esta definição, um vulcão não representa unicamente uma morfologia (em formato de cone ou montanha), mas é o resultado de um complexo processo que inclui a formação, ascensão, evolução, emissão de magma e depósito destes materiais. O estudo dos vulcões e seus fenômenos é a vulcanologia.
Os vulcões são uma manifestação superficial da energia interna da Terra. A temperatura e a pressão são incrementadas na medida em que nos aproximamos do interior do planeta, alcançando uma temperatura de 5000°C no núcleo. O efeito combinado da temperatura e da pressão em diferentes profundidades provoca um comportamento diferente que se estruturam em diferentes camadas.

Vulcão
Alguns vulcões são mais ativos do que outros. Pode se dizer que alguns estão continuamente em erupção, pelo menos no presente geológico. O Stromboli, situado nas Ilhas Lípari, na Itália, tem estado ativo desde a antiguidade. O Izalco, em El Salvador, está ativo desde sua primeira erupção, em 1770. Outros vulcões ativos de maneira constante estão numa cadeia, chamada Cinturão de Fogo, que rodeia o Oceano Pacífico. Na Cordilheira dos Andes, estima-se que existam mais de 60 vulcões que podem ser considerados ativos.
Muitos outros vulcões, como o Vesúvio, permanecem em um estado de atividade moderada durante períodos mais ou menos longos e depois repousam durante meses ou anos. A erupção, depois de um período de latência, costuma ser violenta, como aconteceu com o monte Pinatubo, que, depois de seis séculos, teve uma violenta erupção.

Lava
Em uma erupção violenta de um vulcão a lava está carregada de vapor e outros gases, como dióxido de carbono, hidrogênio, monóxido de carbono e dióxido de enxofre, que escapam da massa de lava expelida nas grandes explosões, ascendem formando uma turva e densa nuvem, estas nuvens descarregam, muitas vezes, chuvas copiosas. Porções grandes e pequenas de lava são expelidas em direção ao exterior, e formam uma fonte ardente de gotas e fragmentos classificados como bombas, brasas ou cinzas, segundo seus tamanhos e formatos.
A enorme quantidade de energia liberada durante uma erupção explosiva pode ser avaliada em função da altura que as rochas e cinzas são projetadas. Há relatos de que as cinzas do Krakatoa, na Indonésia, foram lançadas a uma altura de 27 km, em 1883. As nuvens de vapor e poeira assim expelidas podem produzir efeitos atmosféricos e climáticos duradouros.

PLACAS TECTÔNICAS

Tectônica de Placas

 


As diferentes placas tectônicas
De acordo com a teoria da Deriva Continental, a crosta terrestre é uma camada rochosa descontínua, que apresenta vários fragmentos, denominados placas litosféricas ou placas tectônicas. Essas placas compreendem partes de continentes e o fundo dos oceanos e mares.

Portanto, as placas tectônicas são gigantescos blocos que integram a camada sólida externa da Terra, ou seja, a litosfera (crosta terrestre mais a parte superior do manto). Elas estão em constante movimentação (se movimentam sobre o magma do manto), podendo se afastar ou se aproximar umas das outras. Esses processos são classificados em:

Zonas de divergência – as placas tectônicas afastam-se umas das outras.

Zonas de convergência – as placas tectônicas se aproximam, sendo pressionadas umas contra as outras. Esse fenômeno pode ser de subducção ou obducção.
Subducção – as placas movem-se uma em direção a outra e a placa oceânica (mais densa) “mergulha” sob a continental (menos densa).
Obducção ou colisão – choque entre duas placas na porção continental. Acontece em virtude da grande espessura dos trechos nos quais estão colidindo.

Esse movimento das placas tectônicas altera lentamente o contorno do relevo terrestre, elevando cordilheiras e abrindo abismos marinhos. Outra consequência desse fenômeno (causado pelo encontro das placas) são os terremotos e tsunamis (ondas gigantescas). Em 2004, no oceano Índico, um terremoto de 9,3 pontos na escala Richter provocou um tsunami que ocasionou a morte de mais de 230 mil pessoas.

Os movimentos das placas tectônicas foram comprovados através de pesquisas realizadas com satélites artificiais. Foi detectado, por exemplo, que a América do Sul afasta-se 3 cm por ano do continente africano.

As principais placas tectônicas são: Placa do Pacífico, Placa de Nazca, Placa Sul-Americana, Placa Norte-Americana, Placa da África, Placa Antártica, Placa Indo-Australiana, Placa Euroasiática Ocidental, Placa Euroasiática Oriental, Placa das Filipinas.

POR QUE AS FOLHAS DAS PLANTAS MUDAM DE COR NO OUTONO?


 

Por que as folhas das plantas mudam de cor no outono? Quando a temperatura começa a baixar e os dias ficam mais curtos, algumas plantas começam a se preparar para a menor incidência de raios solares e possível falta de água e param seu desenvolvimento; para isso, elas param a produção de clorofila (pigmento usado para fotossíntese) e, com a diminuição da clorofila, a cor verde das plantas some, deixando a mostra as outras cores ali presentes, como vermelho, laranja e amarelo. As folhas também começam a cair, uma forma da planta poupar energia durante o inverno; esse estado é conhecido como dormência, algo parecido com a hibernação dos animais. Por isso que algumas árvores parecem "mortas" durante certa época do ano, e depois voltam a ficar verdes e cheias de folhas. 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

SISTEMA ENDÓCRINO e NERVOSO

Sistemas endócrino e nervoso: uma dupla afinada

Os dois muitas vezes atuam em parceria. O resultado vai de mudanças complexas, como a puberdade, até as que ocorrem durante um rápido passeio em uma montanha-russa, como mostra o infográfico

Antes de mergulhar no tema, vale esclarecer: alguns estudiosos preferem se referir a "glândulas endócrinas" (e não a sistema endócrino). Eles defendem que qualquer órgão retirado de um sistema compromete os demais, e essa regra nem sempre se aplica nesse caso. Outros justificam que a ideia de sistema é a reunião de órgãos com uma função comum - conceito aqui adotado.
O sistema endócrino é formado por várias glândulas. As principais são hipófise, tireoide, suprarrenais, pâncreas, ovários e testículos. Elas secretam os hormônios, que são transportados pelo sangue para todo o corpo, sob o comando do sistema nervoso, e atuam em células específicas. Este, por sua vez, é formado pelo sistema nervoso central (SNC), pelo sistema nervoso periférico (SNP) e pelo sistema nervoso autônomo (SNA). As unidades básicas são as células nervosas, que transmitem impulsos elétricos com precisão e rapidez.
Sistemas endócrino e nervoso: uma dupla afinada. Ilustração: Luciano Veronezi

1 O perigo é identificado
Antes do passeio, receptores superficiais do corpo captam estímulos (visuais e sonoros) e geram uma corrente de impulsos elétricos para o sistema nervoso central (sNC). ele desencadeia reações. o olhar, por exemplo, fica arregalado.
2 Reações nervosas
Ao receber os estímulos, o SNC, que é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal, provoca respostas em glândulas, músculos e áreas do próprio SNC. Os músculos, por exemplo, reagem, ficando mais rígidos e tensionados.
3 Sistema endócrino
Ao mesmo tempo, as glândulas suprarrenais são estimuladas e secretam adrenalina no sangue. As pupilas e os brônquios dilatam, os batimentos cardíacos aumentam e ocorre a vasoconstrição. O corpo passa a produzir mais suor.
4 Tudo volta ao normal
Fim do passeio. Cessam os estímulos que ativam o SNC e ele para de acionar as suprarrenais. Desse modo, o organismo interpreta que pode retomar o equilíbrio. Essa recuperação leva alguns minutos e varia de pessoa para pessoa.

As principais glândulas endócrinas são:
1 – Hipófise
2 – Glândula Tireóide
3 – Glândulas Paratireóides
4 – Glândulas Supra-renais
5 – Pâncreas
6 – Gônadas (Ovários e Testículos)
7 – Timo
8 – Glândula Pineal

Hipófise

A hipótese é uma pequena glândula, um corpo ovóide, com tamanho semelhante de uma ervilha, também conhecida como glândula pituitária. Tem coloração cinza-avermelhado, medindo cerca de 12mm de diâmetro transverso e 8mm  de diâmetro antero-posterior e pesando aproximadamente 500mg. A hipófise está localizada abaixo do hipotálamo, posteriormente ao quiasma óptico, em uma depressão em forma de sela do osso esfenóide, denominada fossa hipofisária. É coberta superiormente pelo diafragma da sela, circular, da dura-máter. A hipófise está fixada à superfície inferior do hipotálamo, por uma curta haste denominada infundíbulo. Ela possui duas partes: uma anterior, a adenohipófise, e outra posterior, a neurohipófise. A hipófise secreta oito hormônios e, portanto, afeta quase todas as funções do corpo.

Adenohipófise

A parte anterior da hipófise, a adenohipófise, é composta de tecido epitelial glandular e é altamente vascular e constituída de células epiteliais de tamanho e forma variados, dispostas em cordões ou folículos irregulares. Sintetiza e libera pelo menos oito hormônios importantes:
- Somatotropina (STH), envolvida no controle do crescimento do corpo;
- Mamotropina (LTH), que estimula o crescimento e a secreção da mama feminina;
- Adrenocorticotropina (ACTH), que controla a secreção de alguns hormônios corticais da glândula supra-renal;
- Tirotropina (TSH), que estimula a atividade da glândula tireóide;
- Hormônio estimulador do folículo (FSH), que estimula o crescimento e a secreção de estrógenos nos folículos ováricos e a espermatogênese nos testículos;
- Hormônio das células intersticiais (ICSH), que ativa a secreção de andrógenos através do testículo;
- Hormônio Luteinizante (LH), que induz a secreção de progesterona pelo corpo lúteo;
- Hormônio estimulador de melanócitos (MSH), que aumenta a pigmentação cutânea.

Neurohipófise

O lobo posterior da hipófise é uma evaginação descendente do assoalho do diencéfalo. A porção posterior da hipófise é composta por tecido nervoso e, portanto, é chamada de neurohipófise. Sintetiza dois hormônios:
- Vasopressina (ADH), antidiurético, que controla a absorção de água através do túbulos renais;
- Ocitocina, que promove a contração do músculo não estriado do útero e da mama.
Os dois hormônios da neurohipófise são produzidos no hipotálamo e transportados no interior do infundíbulo (haste hipofisária) e armazenados na glândula até serem utilizados. Os impulsos nervosos para o hipotálamo estimulam a liberação dos hormônios da neurohipófise.

Glândula Tireóide

A glândula tireóide possui tom vermelho-acastanhado, cerca de 25g e é altamente vascularizada. Está localizada na região ântero-inferior do pescoço, ântero-lateralmente à traquéia e logo abaixo da laringe, no nível entre a quinta vértebra cervical e a primeira vértebra torácica. A tireóide possui dois lobos (direito e esquerdo) que são conectados entre si por uma parte central denominada istmo da glândula tireóide. Cada lobo possui aproximadamente 5cm de comprimento. A glândula está envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo e contém dois tipos de células: as células foliculares, localizadas nos folículos tereoideanos, e as células parafoliculares, localizadas entre os folículos.
Folículo Tireoideano: a glândula tireóidea é composta por muitas unidades secretoras chamadas folículos. As células foliculares secretam e armazenam dois hormônios tireoideanos:
- Triiodotironina (T3)
- Tetraiodotironina (T4 ou tiroxina)

Dos dois hormônios tireóideos, a T3 é provavelmente o estimulador principal do ritmo metabólico da célula, com ação muito poderosa e imediata, enquanto a T4 é poderosa, porém menos rápida.
As glândulas parafoliculares, secretam o seguinte hormônio:
- Calcitonina, que regula o metabolismo de cálcio, principalmente suprindo a reabsorção óssea.

Glândulas Paratireóides

As glândulas paratireóides são pequenas estruturas ovóides ou lentiformes, marron-amareladas, pesando cerca de 50g e geralmente se situando entre as margens do lobo posterior da glândula tireóide e sua cápsula. Geralmente existem duas de cada lado, superior e inferior.  
Cada glândula paratireóide possui uma fina cápsula de tecido conjuntivo com septos intraglandulares, mas carecendo de lóbulos.
As glândulas paratireóides secretam o hormônio paratireóideo (PTH) que está relacionado com o controle do nível e da distribuição de cálcio e fósforo. O PTH atua em três órgãos-alvo: ossos, trato digestório (intestino) e rins. O efeito geral do PTH é o aumento dos níveis plasmáticos de cálcio e a diminuição dos níveis plasmáticos de fosfato.

Glândulas Supra-renais (adrenais)

As glândulas supra-renais são pequenos corpos amarelados, achatados ântero-posteriormente, estão situados ântero-superiores a cada extremidade superior do rim. Circundadas por tecido conjuntivo contendo muita gordura perinéfrica, são envolvidos pela fáscia renal, mas separadas dos rins por tecido fibroso. Cada uma mede aproximadamente 50mm verticalmente, 30mm transversalmente e 10mm  na dimensão antero-posterior, pesando cerca de 5g.
Uma glândula supra-renal seccionada revela um córtex externo, de cor amarela e formando a massa principal, e uma fina medula vermelho-escuro, formando cerca de 10% da glândula. A medula é completamente envolvida pelo córtex, exceto no seu hilo.

Córtex Supra-renal

O córtex supra-renal, uma fina camada externa (periférica), mostra três zonas celulares: as zonas glomerulosa (mais externa), fasciculada (mais larga) e reticulada (mais interna).  O córtex secreta os hormônios chamados esteróides.
Zona Glomerulosa: Produzem aldosterona (mineralocorticóide), que tem função importante na regulação do volume e da pressão do sangue, e na concentração do equilíbrio eletrolítico do sangue. Em geral, a aldosterona retém o sódio e a água e elimina potássio.
Zona Fasciculada: Produzem hormônios que mantêm o equilíbrio dos carboidratos, proteínas e gorduras (glicocorticóides). O principal glicocorticóide é o cortisol.
Zona Reticulada: Podem produzir hormônios sexuais (progesterona, estrógenos e andrógenos).
O córtex é essencial para a vida; a remoção completa é letal sem terapia de substituição. Também exerce considerável controle sobre os linfócitos e tecido linfático.

Medula Supra-renal

A medula supra-renal, a parte interna da glândula, é considerada uma extensão da parte simpática do sistema nervoso autônomo. É constituída de grupos e colunas de células cromafins separados por largos sinusóides venosos. Pequenos grupos de neurônios ocorrem na medula.
A medula da supra-renal secreta dois hormônios:
1 – Epinefrina (Adrenalina), que possui efeito acentuado sobre o metabolismo de carboidratos.

2 – Norepinefrina (Noradrenalina), que produz aceleração do coração vasoconstrição e pressão sanguínea elevada.
Esses hormônios são classificados como aminas e por estarem no grupo químico chamado catecol, são denominados catecolaminas. Esses hormônios são produzidos em situações de emergência e estresse, produzindo os seguintes efeitos (além dos descritos acima):
- Conversão de glicogênio em glicose no fígado;
- Elevação do padrão metabólico da maioria das células;
- Dilatação dos brônquios.
  
Pâncreas

O pâncreas é um órgão alongado que se situa transversalmente na parte superior do abdome, estendo-se do duodeno até o baço.
O pâncreas secreta dois hormônios: a insulina e o glucagon. As células que produzem esses hormônios são denominadas ilhotas pancreáticas (Langerhans). As ilhotas são constituídas de aglomerações esferóides ou elipsóides de células, dispersas no tecido exócrino, juntamente com células endócrinas esparsas, frequentemente solitárias. O pâncreas humano pode conter mais de um milhão de ilhas, geralmente mais numerosas na cauda. Essas ilhotas possuem dois tipos de células: os endocrinócitos alfa, que produzem glucagon e os endocrinócitos beta que produzem insulina. Esses dois hormônios ajudam a controlar os níveis de glicose no sangue. O efeito da insulina é baixar os níveis de glicose enquanto que o glucagon aumenta esses níveis.
Ação da insulina: diminui os níveis de glicose através de dois mecanismos: 1) aumenta o transporte de glicose do sangue para o interior das células; 2) estimula as células a queimar glicose como combustível. A insulina é o único hormônio que diminui a glicose sanguínea.
Ação do glucagon: esse hormônio aumenta a glicose sanguínea de duas maneiras: 1) estimulando a conversão de glicogênio em glicose no fígado;              2) estimulando a conversão de proteínas em glicose.

Gônadas (Ovários e Testículos)

As gônadas são glândulas sexuais, que constituem nos ovários (mulheres) e testículos (homens). Essas gônadas, além de produzirem os gametas (óvulos e espermatozóides), também secretam hormônios, que serão descritos abaixo.

Ovários: 
Os ovários produzem dois hormônios sexuais femininos: o estrógeno e a progesterona. Esses hormônios participam do desenvolvimento e do funcionamento dos órgãos genitais femininos e da expressão das características sexuais femininas, sendo que tais características desenvolvem-se principalmente em resposta ao estrógeno. Elas incluem:
- Desenvolvimento das mamas;
- Distribuição da gordura nos quadris, coxas e mamas;
- Distribuição de pêlos em áreas específicas do corpo;
- Maturação de órgãos genitais;
- Fechamento das cartilagens epifisiais dos ossos longos.
Tanto o estrógeno como a progesterona são controlados por hormônios de liberação no hipotálamo, e pelas gonadotropinas da adenohipófise.

Testículos:
O principal hormônio secretado pelos testículos é a testosterona, um esteróide produzido por suas células intersticiais. O estímulo para secreção da testosterona é o hormônio luteinizante (LH), proveniente da adeno-hipófise.
A testosterona auxilia na maturação dos espermatozóides e é responsável pelas características sexuais masculinas, tais como:
- Crescimento e desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos;
- Crescimento musculoesquelético;
- Crescimento e distribuição dos pêlos;
- Aumento da laringe, acompanhado por alterações da voz.
A secreção da testosterona é controlada por hormônios de liberação produzidos no hipotálamo, e pelos hormônios luteinizantes da adenohipófise.

Timo

O timo possui determinadas funções secretoras hormonais e linfáticas (produzindo linfócitos T). Ele varia de tamanho e atividade, dependendo da idade, doença e do estado fisiológico, mas permanece ativo mesmo na idade avançada. Ao nascimento pesa cerca de 10 a 15g, crescendo até a puberdade, quando ele pesa de 30 a 40gm, ou seja, apresenta-se muito maior na criança do que no adulto, sendo que após a puberdade, a glândula involui, ou se torna menor, sendo substituído por tecido conjuntivo a adiposo. No início da vida, ele é de cor cinza-rózeo, mole e finamente lobulado, constituído em dois lobos piramidais iguais, unidos por tecido conectivo frouxo. Após a meia idade, o timo torna-se amarelado devido à sua gradual substituição por tecido adiposo.
O timo situa-se na parte superior da cavidade torácica, posteriormente ao esterno e das quatro cartilagens costais superiores, inferiormente à glândula tireóide. E anteriormente ao pericárdio, arco da aorta e seus ramos. Sendo mais preciso, o timo localiza-se nos mediastinos superior e inferior anterior, estendendo-se inferiormente até a quarta cartilagem costal, com suas partes superiores afilando-se em direção ao pescoço e, algumas vezes, alcançando os pólos inferiores da glândula tireóide.
O timo tem a função de produzir diversas substâncias (inclusive hormônios) que regulam a produção de linfócitos, a diferenciação e as atividades no timo. Essas substâncias incluem quatro polipeptídeos principais quimicamente bem distribuídos: timulina, timopoetina, timosina alfa I e timosina beta IV.
A timulina é produzida dentro do timo e precisa da presença de zinco para a atividade funcional (reage exclusivamente com as células T). A timopoetina intensifica diversas funções da célula T. A timulina e a timopoetina agem sistematicamente para dar regulação imune perfeitamente ajustadas das células T, auxiliando a manutenção do equilíbrio entre as atividades de seus diferentes subconjuntos. As atividades da timosina alfa I e beta IV não são bem claras. Sabe-se que as timosinas promovem maturação dos linfócitos no interior do timo e também estimulam o desenvolvimento e a atividade dos linfócitos no desempenho de suas funções linfáticas por todo corpo.

Corpo (Glândula) Pineal

O corpo pineal ou epífise do cérebro é um pequeno órgão piriforme, cinza-avermelhado, que ocupa uma depressão entre os colículos superiores. Está inferiormente ao esplênio do corpo caloso, separado deste pela tela corióidea do terceiro ventrículo. O corpo mede aproximadamente 8 mm de comprimento. Sua base está presa por um pedúnculo que se divide em lâminas inferior e superior, separadas pelo recesso pineal do terceiro ventrículo. E contendo, respectivamente, as comissuras epitalâmicas e da habênula. 
O corpo pineal contém cordões e folículos de pinealócitos e células da neuroglia entre as quais se ramificam muitos vasos sanguíneos e nervos. Septos se estendem até o corpo a partir da pia-máter adjacente.
O corpo pineal modifica a atividade da adenohipófise, neurohipófise, pâncreas endócrino, paratireóides, córtex e medula da glândula supra-renal e gônadas. As secreções pineais podem alcançar suas células-alvo via líquido cérebro-espinal ou através da corrente sanguínea.
A glândula pineal secreta a melatonina, um hormônio que altera o ciclo reprodutivo, influenciando a secreção de hormônios de liberação do hipotálamo. Acredita-se também que a melatonina esteja relacionada com ciclo sono/vigília, possuindo um efeito tranqüilizante. Ela tem sido chamada de “relógio biológico do corpo”, controlando a maioria dos biorritmos.

OUTROS HORMÔNIOS

Hormônios Associados a Sistema Orgânicos Específicos

Esses hormônios normalmente controlam as atividades de um órgão específico. Por exemplo, células produtoras de hormônios presentes no trato digestório secretam colecistoquinina, gastrina e secretina. Esses hormônios ajudam a regular a digestão. Os rins secretam eritropoietina, que auxilia a regular a produção de glóbulos vermelhos do sangue.

Prostaglandinas

As prostaglandinas são substâncias químicas (hormônios) derivados de ácidos graxos e do ácido aracdônico. São produzidas por diversos tecidos e geralmente agem próximo aos seus sítios de secreção. Elas exercem importante papel na regulação da contração do músculo liso e na resposta inflamatória. As prostaglandinas também são associadas ao aumento da sensibilidade das terminações nervosas para a dor.


Resumo das Glândulas Endócrinas e Hormônio
Glândula Endócrina
Hormônio
Tecidos/Órgãos Alvo
Ação Principal do Hormônio
Hipotálamo

Liberadores e inibidores

Adenohipófise


Liberadores: estimulam a secreção hormonal
Inibidores: inibem a secreção hormonal

Adenohipófise

Hormônio do crescimento (GH) (somatopropina)

Prolactina (PRL)

Tireoestimulante
(TSH e Tireotropina)

Adrenocorticotrópico (ACTH)

Gonadotrofinas:
   - Folículo-estimulante (FSH)



   - Luteinizante (LH)

Ossos e tecidos moles


Glândulas mamárias

Glândula tireóide


Córtex da supra-renal


Ovários e testículos



Ovários e testículos


Promove crescimento de todos os tecidos


Estimula a produção de leite

Estimula a produção de T3 e T4


Estimula a secreção de hormônios do córtex da supra-renal, principalmente o cortisol

Estimula o desenvolvimento dos óvulos/espermatozóides e estrógeno nas mulheres

Provoca a ovulação; estimula secreção de progesterona na mulher e testosterona nos homens

Neurohipófise

Antidiurético (ADH)



Ocitocina

Rins e vasos sanguíneos



Útero e mamas


Estimula reabsorção da água pelos rins e determina a constricção dos vasos sanguíneos

Contração da musculatura uterina no parto e liberação ou ejeção do leite das glândulas mamárias

Glândula Tireóide

T3 e T4

Calcitocina

Todos os tecidos


Ossos e rins


Estimulam o padrão metabólico e regulam o crescimento e o desenvolvimento

Favorece a formação de osso e diminui os níveis de cálcio

Glândulas Paratireóides

Paratireóideo (PTH)

Ossos, rins e intestinos


Determina a reabsorção óssea, aumenta os níveis de cálcio, estimula a absorção de cálcio pelos rins e intestinos e estimula a excreção de fosfato pelos rins

Glândula Supra-renal
 Medula
Epinefrina (em pequena quantidade a norefinefrina) Diversos tecidos, especialmente coração e vasos sanguíneos

Estimula na elevação dos níveis de glicose e participa da resposta ao estresse.
Glândula Supra-renal
 Córtex
Glicocorticóides (cortisol)



Mineralocorticóides (aldolterona)


Hormônios sexuais
Todos os tecidos



Rins


Órgãos sexuais, ossos, músculos e pele
Auxiliam na regulação do metabolismo de proteínas, carboidratos e gorduras, elevam os níveis de glicose no sangue e participam na resposta ao estresse

Estimulam os rins a reabsorver sódio e excretar potássio e auxiliam a regular o equilíbrio hídrico e eletrolítico

Estimula o desenvolvimento das características sexuais secundárias em homens e mulheres
  Pâncreas
(Ilhotas pancreáticas)
 Células Alfa
Glucagon

Fígado, músculos e tecido adiposo

Eleva níveis de glicose no sangue
Pâncreas
(Ilhotas pancreáticas)
 Células Beta
Insulina

Fígado, músculos e tecido adiposo

Regula o metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas e diminui os níveis de glicose no sangue
Gônadas
 Ovários
Estrógenos e progesterona

Órgãos sexuais, pele, ossos e músculos

Estimulam o desenvolvimento dos óvulos e das características sexuais femininas
Gônadas
 Testículos
Andrógenos (testosterona)

Órgãos sexuais, pele e músculos

Estimulam o desenvolvimento dos espermatozóides e das características sexuais masculinas
Timo
Timosina

Linfócitos T


Estimula a maturação dos linfócitos T
Glândula Pineal
Melatonina

Diversos tecidos


Auxilia a ajustar o biorritmo e controla o sono

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O SOM NO ESPAÇO

Se o som não se propaga no espaço, como os astronautas comunicam-se com a NASA?

Ciência:
Física
O espaço é uma das coisas mais fascinantes para a humanidade, não só porque é algo praticamente desconhecido a ser explorado mas porque difere completamente da nossa realidade. Não é à toa que ele é o palco central de diversas obras de ficção científica, dentre as quais Star Wars e Start Trek são as mais famosas.
Muitos já ouviram falar que é impossível ouvir aqueles sons de explosão que acontecem nesses filmes porque o som não se propaga no vácuo. A onda sonora é o que chamamos de onda material, ela precisa de um meio material para se propagar.
Como, então, eles conseguem usar o rádio para se comunicar com a Terra? Se o som não se propaga, não seria óbvio que isso fosse impossível? Na verdade, as ondas de rádio, assim como a luz, não são ondas materiais, são ondas eletromagnéticas, e o que as difere das demais, a grosso modo, é a capacidade de se propagar no vácuo. Os rádios portáteis ficam dentro dos trajes espaciais, que possuem ar e fornecem um meio para que o som se propague. Então, as ondas eletromagnéticas são transformadas em som e captadas pelos ouvidos dos astronautas. O mesmo acontece dentro das naves espaciais, onde o ambiente fornece as condições necessárias para que as mensagens possam ser enviadas e recebidas.
    Brasil visto do espaço
Se você estiver no espaço e se chocar contra qualquer objeto, irá ouvir o som do impacto. Isto porque haverá um meio na qual o som pode se propagar, que será seu traje espacial, e ele chegará aos seus ouvidos. Contudo, uma segunda pessoa que o observasse não ouviria nada, não importa quantas vezes você se chocasse contra os objetos.
Como o som se propaga?
O som se propaga atravéz de ondas mecânicas, que são perturbações que se movem e carregam a energia de um lugar para o outro através de um meio. A velocidade do som depende do meio na qual a onda se propaga, e quanto mais denso o meio mais lenta a propagação.
Se alguém bater à sua porta, a batida é o que dá início à perturbação. A cada batida, as partículas da porta se movem e se chocam umas contras as outras, levando a energia e formando o movimento, a propagação. As partículas irão se chocar contra as partículas de ar que separam a porta de você, levando o som ao seu tímpano, fazendo-o escutar. Quando as partículas se movem de um meio para o outro (no caso, da porta para o ar), acontece a transmissão.
Curiosidade!
O som da música é produzido por vibrações periódicas e, por isso, é agradável aos nossos ouvidos. Já os ruídos são formados por vibrações dispersas e aleatórias, causando sensações desagradáveis. Sons com frequência acima de 130db (decibéis) provocam dor aos nossos ouvidos, e acima de 160db podem causar sérios danos ao tímpano. O ser humano escuta frequências entre 20 Hz e 20 KHz.