quinta-feira, 29 de agosto de 2013

VIDA SURGIU EM MARTE?


Cientista sugere que vida começou em Marte

Estudo apresentado por químico em conferência na Itália afirma que Terra não teria como suportar minerais que ajudaram na formação da vida.


Um estudo apresentado em uma conferência científica sugere que a vida pode ter começado em Marte antes de chegar à Terra.
A teoria foi apresentada pelo químico Steven Benner, do Instituto de Ciência e Tecnologia de Westheimer (EUA), em na Conferência de Goldschmidt, em Florença, na Itália.
A forma como átomos se juntaram pela primeira vez para formar os três componentes moleculares dos seres vivos - RNA, DNA e proteínas - sempre foi alvo de especulação acadêmica.
As moléculas não são as mais complexas que aparecem na natureza, ainda assim não se sabe como elas surgiram. Acredita-se que o RNA (ácido ribonucleico) foi o primeiro a surgir na Terra, há mais de três bilhões de anos.
Hostil
Uma possibilidade para a formação do RNA a partir de átomos, como carbono, seria o uso de energia (calor ou luz). No entanto, isso produz apenas alcatrão.
Para criação do RNA, os átomos precisam ser alinhados de forma especial em superfícies cristalinas de minerais. Mas esses minerais teriam se dissolvido nos oceanos da Terra naquela época.
Benner diz que esses minerais eram abundantes em Marte. Ele sugere que a vida teria surgido primeiro em Marte, seguindo para a Terra em meteoritos.
Na conferência em Florença, o cientista apresentou resultados sugerindo que minerais que contém elementos como boro e molibdênio são fundamentais na formação da vida a partir dos átomos.
Ele diz que os minerais de boro ajudam na criação de aros de carboidrato, gerando químicos que são posteriormente realinhados pelo molibdênio. Assim surge o RNA.
O ambiente da Terra, nos primeiros anos do planeta, seria hostil aos minerais de boro e ao molibdênio.
'É apenas quando o molibdênio se torna altamente oxidado que ele é capaz de influenciar na formação da vida', diz Benner.
'Esta forma de molibdênio não existira na Terra quando a vida surgiu, porque há três bilhões de anos a Terra tinha muito pouco oxigênio. Mas Marte tinha bastante.'
Segundo ele, isso é 'outro sinal que torna mais provável que a vida na Terra tenha chegado por um meteorito que veio de Marte, em vez de surgido no nosso planeta'.
Outro fator que reforçaria a tese é o clima seco de Marte, mais propício para o surgimento de vida.

TEMPO DE GESTAÇÃO NAS ESPÉCIES

Tempo de gestação nas diferentes espécies
A palavra gestação originou-se do latim gestatione, que segundo o Dicionário Aurélio, refere-se ao "tempo de desenvolvimento do embrião no útero, desde a concepção até o nascimento". Portanto, se analisarmos pela ótica biológica, veremos que este conceito deve ser somente aplicado, para os animais que apresentam útero, como parte integrante de seu sistema reprodutor, ou seja, os mamíferos.

Porém, a palavra é intensamente utilizada, de forma errônea, para descrever o processo de geração de indivíduos, de grupos completamente diferentes, como por exemplo, os répteis, as aves e até mesmo os invertebrados.

Mas qual é a forma correta, para denominar o processo nestes grupos? Bom, quando se tratar de répteis (determinadas ordens, como a das tartarugas, crocodilos e serpentes), aves e certos anfíbios (cobras-cega, por exemplo), o termo adequado é a incubação. Neste processo, a fêmea (geralmente) se posiciona sobre os ovos, para que estes se mantenham aquecidos, e não percam sua temperatura ideal durante a fase.

No caso dos invertebrados, se utiliza o termo desenvolvimento. Quando estudamos o grupo dos insetos, devemos lembrar que o "desenvolvimento" é dividido em dois períodos: o período embrionário (desenvolvimento no interior do ovo) e o período pós-embrionário (onde o individuo se desenvolve, passando por fases de larva ou ninfa, até chegar a adulta). Em outros invertebrados, não ocorre o estádio de ninfa, pois é exclusivo dos insetos.
Como acabamos de ver as formas corretas para tratar o processo, nos diferentes grupos animais, veremos agora, alguns representantes (exóticos e nacionais) e seus particulares períodos de desenvolvimento. É importante dizer, que estes períodos, poderão variar de acordo com a espécie e das condições ambientais do habitat em questão.
Mamíferos (Gestação)
Anta (Tapirus terrestris) 399 dias
Babuíno (Papio spp.) 180 a 210 dias
Baleia-jubarte (Megaptera novaeanglia) 365 a 440 dias
Beluga (Delphinapterus leucas) 330 dias
Boi (Bos taurus) 285 dias
Búfalo (Bubalus bubalis) 300 dias
Cabra (Capra hircus 150 dias
Cachorro (Canis familiaris) 63 dias
Camelo (Camelus spp.) 360 a 440 dias
Canguru (Macropus spp.) 200 dias
Capivara (Hidrochoeris hydrochaeris) 160 dias
Cateto (Tayassu tajacu) 145 dias
Cavalo (Equus cabalus) 340 dias
Chinchila (Chinchila laniger) 120 dias
Chimpanzé (Pan troglodytes) 237 dias
Coelho (Oryctolagus cuniculus) 29 a 31 dias
Coala (Phascolarctos cinereus) 33 a 36 dias
Cutia (Dasyprocta spp.) 120 dias
Diabo-da-Tasmânia (Sarcophilus harrisi ) 20 a 30 dias
Elefante-africano (Loxodonta africana) 660 a 720 dias
Elefante-indiano (Elephas maximus) 624 dias
Esquilo (Scirus spp.) 44 dias
Gato (Felis catus) 58 a 60 dias
Girafa (Giraffa camelopardalis) 400 a 450 dias
Golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus) 365 dias
Gorila (Gorila gorilla) 251 a 289 dias
Hamster (Cricetus cricetus) 16 dias
Hiena (Crocuta crocuta) 100 dias
Hipopótamo (Hippopotamus amphibius) 240 dias
Homem (Homo sapiens sapiens ) 270 dias
Jaguatitica (Leopardus pardalis) 60 a 75 dias
Jumento (Equus asinus) 365 dias
Leão ( Panthera leo) 100 dias
Leão-marinho (Otarya byronia) 365 dias
Lhama (Lama glama ) 365 dias
Leopardo (Panthera pardus) 98 dias
Lince (Felis spp.) 50 dias
Lobo (Canis lupus) 63 dias
Lontra (Lutra longicaudis) 60 a 63 dias
Macaco-prego ( Cebus spp.) 170 dias
Macaco-aranha ( Ateles belzebuth ) 210 a 300 dias
Morcego-de-cauda-livre ( Molussus molussus) 180 a 210 dias
Muriqui ou Mono-carvoeiro (Brachyteles arachnoides) 210 a 240 dias
Musaranho (Sorex araneus) 20 a 30 dias
Onça-pintada (Panthera onca) 100 dias
Orangotango (Pongo pygmaeus) 240 a 270 dias
Orca (Orcinus orca) 330 a 450 dias
Ornitorrinco (Ornithorhinchus anatius) (Incubação) 7 a 10 dias
Ovelha (Ovis aries) 100 dias
Panda-gigante (Ailurupoda melanoleuca) 97 a 163 dias
Porco-doméstico ( Sus scrofo) 116 dias
Preá (Cavia porcellus) 60 a 90 dias
Preguiça (Bradypus tridactylus) 180 dias
Quati (Nasua nasua) 120 a 140 dias
Raposa ( Vulpes vulpes ) 50 a 53 dias
Rato (Mus musculus) 19 dias
Rinoceronte (Dicerus bicornis) 560 dias
Tamanduá (Myrmecophaga tridactyla) 190 dias
Tatu-galinha (Dasypus novemcinctus) 120 a 260 dias
Tigre (Panthera tigris) 105 dias
Urso (Ursus spp.) 219 dias
Urso-polar (Thalarctos maritimus) 240 dias
Veado (Cervus spp.) 201 dias
Zebra (Equus spp.) 365 dias
Aves (Incubação)
Águia-americana ou águia-calva (Haliaetus leucocephalus) 45 dias
Albatroz (Diomedea exulans) 79 dias
Andorinha (Hirundo rustica) 14 a 15 dias
Arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) 27 a 30 dias
Arara-vermelha-grande (Ara macao) 27 a 30 dias
Arara-canindé (Ara ararauna) 28 a 30 dias
Avestruz (Struthio camelus) 42 dias
Azulão (Passerina brissonii) 13 dias
Bacurau ou curiango (Caprimulgus spp.) 16 a 19 dias
Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus) 18 a 20 dias
Biguá (Phalacrocorax olivaceus) 24 dias
Canários (Sicalis spp.) 13 a 15 dias
Cisne (Cygnus spp.) 30 dias
Codorna (Coturnix coturnix japonica) 17 dias
Coruja-buraqueira (Speotito cunicularia) 28 a 34 dias
Ema ( Rhea americana) 39 a 42 dias
Falcão (Falco spp.) 29 dias
Faisão (Phasianus colchicus) 21 a 26 dias
Flamingo (Phoenicopterus spp.) 25 a 30 dias
Gaivota (Larus spp.) 22 a 30 dias
Galinha-d'angola ( Numida meleagris) 28 dias
Galinha-doméstica (Gallus domesticus auct) 21 dias
Ganso ( Anser domesticus) 30 dias
Grou-coroado (Grus grus) 28 a 35 dias
Marreco (Anas querquedula) 28 a 30 dias
Mutum-pinima (Crax fasciolata) 33 dias
Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva ) 25 a 30 dias
Pato-selvagem (Cairina moschata) 30 dias
Pavão (Pavo cristatus) 30 dias
Pelicano (Pelecanus onocrotalus) 29 a 36 dias
Pardal (Passer domesticus) 10 a 14 dias
Periquito-australiano (Melopsittacus undulatus) 17 a 18 dias
Peru ( Melleagris gallopavo) 28 dias
Pingüins 63 dias
Pombo-doméstico (Columbia livia) 17 a 19 dias
Siriema (Cariama cristata) 30 dias
Tucanoçu (Ramphastos toco) 18 dias
Répteis (Incubação e Desenvolvimento)
Aligátor ( Alligator spp.) 60 dias
Cascavel (Crotalus spp.) 30 dias
Crocodilo-do-Nilo (Crocodylus niloticus) 90 a 100 dias
Dragão-de-Komodo (Varanus komodoensis) 270 dias
Jabuti (Geochelone spp.) 180 a 270 dias
Jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) 60 a 65 dias
Jararaca (Bothrops jararaca) 60 a 90 dias
Lagartixa 30 a 70 dias
Tartaruga-marinha (Chelonia spp.) 55 dias
Teiú (Tupinanbis teguixin) 30 dias
Tuatara ( Sphenodon punctatus ) 390 dias
Anfíbios (Incubação e Desenvolvimento)
Cobra-cega (Siphonops paulensis) 15 dias
Rã-touro ( Rana catesbeiana) 3 a 5 dias
Sapo-cururu (Bufo marinus) 33 dias
Peixes (Desenvolvimento)
Atum (Thunnus spp.) 21 horas
Cação (Squalus spp.) 112 a 175 dias
Lebiste (Poecilia reticulata) (vivíparo) 28 dias
Pirarucu (Arapaima gigas) 30 dias
Ciclóstomos (Desenvolvimento)
Lampreia (Petromyzon marinus) 20 a 30 dias
Crustáceos (Desenvolvimento)
Artêmia (Artemia salina) 1 a 3 dias
Camarões 2 a 3 dias
Camarão-de-água-doce (Macrobrachium rosenbergii) 14 a 60 dias
Lagostas (Palinurus spp.) 49 a 54 dias
Lagostins 35 a 42 dias
Siris 45 dias
Equinodermos (Desenvolvimento)
Estrelas-do-mar 2 dias
Moluscos (Incubação)
Caracóis 14 a 30 dias
Caramujos 7 a 15 dias
Escargot (Helix aspersa 15 dias a 30 dias
Anelídeos (Desenvolvimento)
Minhoca ( Lumbricus terrestris) 7 a 21 dias
Aracnídeos (Desenvolvimento)
Aranha-caranguejeira (Acanthoscurria gomesiana) 30 a 150 dias
Carrapato (Amblyomma cajennense) 30 dias
Escorpião (Tytus spp.) 75 a 90 dias
(vivíparos)
Viúva-negra (Latrodectus mactans) 10 a 14 dias
Insetos (Incubação ou Desenvolvimento)
Abelha (Apis mellifera) 15 a 25 dias
Barata-americana ou Barata-de-esgoto (Periplaneta americana) 30 dias
Besouros 6 a 10 dias
Borboleta-monarca (Danaus plerippus) 4 a 5 dias
Cigarras 15 a 20 dias
Cupins 50 a 55 dias
Formigas 42 a 49 dias
Mariposas 3 a 7 dias
Mosca-doméstica (Musca domestica) 8 a 24 horas
Mosquitos (Culex spp.) 1 a 2 dias
Percevejos 5 a 14 dias
Pulga (Pulex irritans) 2 a 3 dias
Vermes (Desenvolvimento)
Lombriga (Ascaris lumbricoides) 21 a 28 dias
Tênia ou solitária (Taenia spp.) 30 a 60 dias
Verme-do-amarelão (Necator americanus) 24 a 48 horas
Protozoários (Divisão)
Ameba (Amoeba proteus) 33 minutos

Luccas Longo
Biólogo e Professor
www.observaes.blogspot.com/
Especialista em Bioecologia e Conservação - UNIMEP
Mestrado em Recursos Florestais - ESALQ/U













sábado, 17 de agosto de 2013

ROCHAS

Rocha sedimentar


Rochas sedimentares são compostas por sedimentos carregados pela água e pelo vento, acumulados em áreas deprimidas. Correspondem a 80% da área dos continentes e é nelas que foi encontrada a maior parte do material fóssil.
As rochas sedimentares são um dos três principais grupos de rochas (os outros dois são as rochas ígneas e as metamórficas) e formam-se por três processos principais:
  • pela deposição (sedimentação) das partículas originadas pela erosão de outras rochas - rochas sedimentares clásticas ou detríticas;
  • pela precipitação de substâncias em solução - rochas sedimentares quimiogénicas; e
  • pela deposição dos materiais de origem biológica - rochas sedimentares biogénicas.
As rochas sedimentares podem ser:
  • Consolidadas - se os detritos apresentam-se ligados por um cimento, como é o caso das brechas; ou
  • Não consolidadas - se os detritos não estão ligados entre si, como no caso das dunas.

Formação

As rochas sedimentares são formadas a partir da pressão exercida sobre as partículas de sedimentos carregados e depositados pela ação do ar (vento), gelo ou água. Conforme os sedimentos se acumulam, eles vão sofrendo cada vez mais pressão, se solidificando, num processo conhecido como litificação (formação rochosa) e os fluidos originais acabam sendo "expulsos".
Estas rochas podem ser formadas por:
  • Minerais herdados - minerais que provêem directamente de rochas pré-existentes;
  • Minerais de neoformação - minerais novos formados devido a fenómenos de bundas transformações químicas ou de precipitações de soluções;
  • Partes de seres vivos - Por exemplo: conchas e fragmentos de corais.
Rochas sedimentares contêm informações importantes sobre a história da Terra, como por exemplo, os fósseis, os restos preservados de antigas plantas e animais. A composição dos sedimentos nos fornecem pistas sobre a rocha original. As diferenças entre as sucessivas camadas indicam mudanças de ambiente que ocorreram ao longo do tempo. Rochas sedimentares podem conter fósseis porque, ao contrário da maioria das rochas ígneas e metamórficas, elas se formam a temperaturas e pressões que não destroem os restos fósseis.
As rochas sedimentares cobrem os continentes da crosta terrestre extensivamente, mas a contribuição total das rochas sedimentares estima-se que seja de apenas cinco por cento do total. Dessa forma, vemos que as seqüências sedimentares representam apenas uma fina camada de uma crosta composta essencialmente de rochas ígneas e metamórficas.

Classificação

Rochas sedimentares clásticas

Rochas sedimentares clásticas são compostas por fragmentos de materiais derivados de outras rochas. São compostas basicamente por sílica (ex: quartzo), com outros minerais comuns, como feldspato, anfibólios, minerais argilosos e raramente alguns minerais ígneos mais exóticos.
A classificação das rochas sedimentares clásticas é complexo, porque há muitas variáveis envolvidas. A granulometria (tanto o tamanho médio, como a gama de tamanhos de partículas), a composição das partículas, do cimento e da matriz (o nome dado às pequenas partículas presentes nos espaços entre os grãos maiores) são tomadas em consideração. Em relação à granulometria, pode dizer-se que, por exemplo, a argila pertence ao grupo com partículas mais finas, os arenitos com partículas de tamanho intermédio, e os conglomerados formados por partículas maiores.

Rochas sedimentares biogénicas

Rochas sedimentares biogénicas são formadas por materiais gerados por organismos vivos, como corais, moluscos e foraminíferos, que cobrem o fundo do oceano com camadas de calcita que podem mais tarde formar calcários. Outros exemplos incluem os estromatólitos, e o sílex encontrado em nódulos em giz (que é em si uma rocha sedimentar biogênica, uma forma de calcário).

Rochas sedimentares de precipitação

Rochas sedimentares podem se formar quando soluções minerais, tais como a água do mar se evapora. Exemplos incluem o calcário, o halito e o gesso.

Outras informações

Rochas sedimentares são economicamente importantes na medida em que podem ser utilizados como material construção. Além disso, muitas vezes formam rochas sedimentares porosas e permeáveis reservatórios em bacias sedimentares em que petróleo e outros hidrocarbonetos podem ser encontrados.
Acredita-se que os níveis relativamente baixos de emissões de dióxido de carbono na atmosfera da Terra, em comparação com a de Vênus, é devido a grandes quantidades de carbono sendo preso em calcário e dolomite camadas sedimentares. O fluxo de carbono a partir de sedimentos marinhos erosada depósitos é conhecido como o ciclo do carbono.
A forma das partículas em rochas sedimentares tem um efeito importante sobre a capacidade de microrganismos para colonizar eles. Esta interação é estudada na ciência da microbiologia. Uma medida da forma dessas partículas é o fator cilindricidade, também conhecido como o [número Krumbein , do nome do geólogo que o propôs.



Rocha metamórfica

Em geologia, chamam-se rochas metamórficas aquelas que são formadas por transformações físicas e/ou químicas sofridas por outras rochas, quando submetidas ao calor e à umidade da terra. As rochas metamórficas são o produto da transformação de qualquer tipo de rocha levada a um ambiente onde as condições físicas (pressão, temperatura) são muito distintas daquelas onde a rocha se formou. Nestes ambientes, os minerais podem se tornar instáveis e reagir formando outros minerais, estáveis nas condições vigentes. Não apenas as rochas sedimentares ou ígneas podem sofrer metamorfismo, as próprias rochas metamórficas também podem, gerando uma nova rocha metamorfizada com diferente composição química e/ou física da rocha inicial.São formadas por meio da transformação de outras rochas sob pressão.
Como os minerais são estáveis em campos definidos de pressão e temperatura, a identificação de minerais das rochas metamórficas permite reconhecer as condições físicas em que ocorreu o metamorfismo. O estudo das rochas metamórficas permite a identificação de grandes eventos geotectónicos ocorridos no passado, fundamentais para o entendimento da atual configuração dos continentes.
As cadeias de montanhas (como os Andes, Alpes, Himalaias etc.) são grandes enrugamentos da crosta terrestre, causados pelas colisões de placas tectónicas. As elevadas pressões e temperaturas existentes no interior das cadeias de montanhas são o principal mecanismo formador de rochas metamórficas. O metamorfismo pode ocorrer também ao longo de planos de deslocamentos de grandes blocos de rocha (alta pressão) ou nas imediações de grandes volumes de magmas, devido à dissipação de calor (alta temperatura).

Características do Metamorfismo

São exemplos de rochas metamórficas o mármore, gnaisse (granito), quartzo e ardósia. Não é possível assistir à génese de rochas metamórficas, visto ocorrer as grandes profundidades, conseguimos facilmente através de variados estudos concluir que a temperatura e a pressão são os principais fatores de metamorfismo. No entanto estes dois fatores encontram-se intimamente ligados a outras condicionantes como é o caso dos fluidos de circulação, a intensidade de aquecimento e o tempo durante o qual a rocha se encontra submetida a esses fatores.
Desta forma, ocorre o metamorfismo: as rochas, apesar de se manterem no estado sólido, sofrem alterações um pouco profundas que incluem modificações tanto a nível químico como a nível estrutural. A rocha sofre, ainda, alterações na textura. Todos estes agentes atuam em conjunto, apesar de existirem diferentes ambientes metamórficos. O metamorfismo pode ser baixo, médio e de alto grau.

Pressão

Com o processo designado por metamorfismo que ocorre no interior da terra, as rochas encontram-se a diferentes profundidades e, desta forma, sujeitas a pressões variadas. A maior parte das pressões são devidas ao peso das camadas superiores designando-se por isso pressões litostáticas. Estas pressões podem-se sentir facilmente a profundidades relativamente pequenas. Existem ainda outras pressões orientadas que se relacionam directamente com compressões provenientes dos movimentos laterais das placas litosféricas. A orientação e deformação de muitos minerais existentes nas rochas metamórficas evidencia a influência deste tipo de pressão como podemos verificar nas seguintes figuras (macro e microscópicas respectivamente).

Fluidos de circulação

Nos intervalos das rochas predominam diversos fluidos quer no estado gasoso quer no estado líquido importantes e frequentes nas rochas de baixo metamorfismo. A água influencia ainda o ponto de fusão dos materiais, podendo assim ocorrer fusão a temperaturas muito mais baixas do que as indispensáveis em ambientes meio secos.

Tempo

O tempo é um fator muito importante para a formação deste tipo de rochas. Não se pode dizer exatamente quanto tempo demora uma rocha metamórfica a formar-se para diversas condições de temperatura e de pressão. Contudo diversas experiências laboratoriais mostram que a altas pressões e a altas temperaturas, durante um período de alguns milhares ou mesmo milhões de anos, se produzem cristais de dimensões elevadas. Há ainda que referir que se pensa que as rochas metamórficas são o produto de um longo metamorfismo a alta pressão e a alta temperatura quando apresentam um aspecto granular grosseiro e que as rochas de grão fino serão eventualmente o produto de baixas temperaturas e pressões.


Rocha ígnea



Gabro

O granito, um exemplo de rocha ígnea.
As Rochas ígneas, rochas magmáticas ou rochas eruptivas (derivado do latim ignis, que significa fogo) são um dos três principais tipos de rocha (sendo que as outras são as rochas sedimentares e as rochas metamórficas). A formação das rochas ígneas vêm do resultado da consolidação devida ao resfriamento do magma derretido ou parcialmente derretido.1 Elas podem ser formadas com ou sem a cristalização, ou abaixo da superfície como rochas intrusivas (plutônicas) ou próximo à superfície, sendo rochas extrusivas (vulcânicas). O magma pode ser obtido a partir do derretimento parcial de rochas pré-existentes no manto ou na crosta terrestre. Normalmente, o derretimento é provocado por um ou mais dos três processos: o aumento da temperatura, diminuição da pressão ou uma mudança na composição. Já foram descritos mais de 700 tipos de rochas ígneas, sendo que a maioria delas é formada sob a superfície da crosta da Terra com diversas propriedades, em função de sua composição e do modo de como foram formadas.
O processo de solidificação é complexo e nele podem distinguir-se a fase ortomagmática, a fase pegmatítica-pneumatolítica e a fase hidrotermal. Estas rochas são compostas de feldspato (59,5%), quartzo (12%), piroxênios e anfibolitos (16,8%), micas (3,8%) e minerais acessorios (7%). Ocupam cerca de 25% da superfície terrestre e 90% do volume terrestre, devido ao processo de gênese.
As rochas ígneas podem, de maneira geral, ser classificadas sob dois critérios: texturais e mineralógicos. 2
O critério textual é especialmente útil na identificação do ambiente onde a rocha se cristalizou, enquanto o mineralógico é baseado na proporção entre seus minerais principais.2 A classificação da maior parte das rochas ígneas, segundo o critério mineralógico, é feito com base no diagrama QAPF, usado para rochas com menos de 90% de minerais máficos.2

Rochas ígneas intrusivas

As rochas ígneas intrusivas (conhecidas também como plutônicas ou abissais) são formadas a partir do resfriamento do magma no interior da crosta, nas partes profundas da litosfera, sem contato com a superfície. Elas só apareceram à superfície depois de removido o material sedimentar ou metamórfico que a recobria. Em geral, o resfriamento é lento e ocorre a cristalização de todos os seus minerais, apresentando então uma textura holocristalina, ou seja, apresenta grande número de cristais observáveis à vista desarmada. Normalmente as rochas plutônicas ou intrusivas apresentam uma estrutura maciça. A sua estrutura mais corrente é granular, isto é, os minerais apresentam-se equidimensionais ligados entre si.

Diorito, uma rocha ígnea intrusiva.

Basalto, uma rocha ígnea extrusiva.

Rochas ígneas extrusivas

As rochas ígneas extrusivas (conhecidas também como vulcânicas ou efusivas) são formadas a partir do resfriamento do material expelido pelas erupções vulcânicas atuais ou antigas. A consolidação do magma, então, acontece na superfície da crosta ou próximo a ela. O resfriamento é rápido, o que faz a que estas rochas, por vezes, apresentem material vítreo, logo, possuem uma textura vidrosa (vítrea), ou seja, uma textura que não apresenta cristais (a olho nu) ou até mesmo uma textura hemicristalina, isto é, apresenta alguns cristais no seio de uma massa amorfa. Há uma grande diversidade de rochas vulcânicas que se agrupam em alguns tipos gerais: riólitos, traquitos, andesitos e basaltos, entre os quais existe uma série de rochas intermediárias, do mesmo modo que nas rochas plutônicas, e sua classificação, na maior parte dos casos, também é feita com base no diagrama QAPF;

Rochas filonianas ou hipoabissais

São as rochas que alguns autores consideram, de certo modo, fazer a transição entre as rochas vulcânicas e as rochas plutônicas. Sem atingir a superfície, aproximam-se muito dela e podem preencher as fissuras da crosta terrestre. Umas formam-se por resfriamento do magma numa fissura, outras formam o recheio das fissuras e fraturas, devido à presença de soluções hidrotermais (de águas térmicas) que aí precipitam os minerais. Todas as rochas filonianas se encontram em relação direta com o magma, isto é, com rochas intrusivas. São exemplo de rochas filonianas os aplitos, os pegmatitos e os lamprófiros.

Composição das rochas

As rochas são praticamente compostas pelos minerais que as caracterizam. No início do século XIX, Norman Levi Bowen, geólogo e mineralogista canadiano, descreveu como se cristalizam os minerais quando sujeitos a variações de pressão e temperatura e formulou a conhecida série reaccional de Bowen, aceite actualmente como a progressão ideal dos minerais dado o arrefecimento de magma.

Série reaccional de Bowen

A série reaccional de Bowen é constituída por duas séries:
  • Série descontínua: constituída por 4 minerais que são, por ordem decrescente da temperatura a que se formam, a olivina, a piroxena, a anfíbola e a biotite. Estes minerais não apresentam igual estrutura cristalina e a transição entre eles não é gradual. Progressivamente, os minerais possuem menos ferro e magnésio (minerais máficos) e mais sílica e alumínio (minerais félsicos) e quando se dá a cristalização da biotite, a percentagem de ferro e magnésio é nula na composição do magma residual.
  • Série contínua: constituída por plagioclases, a composição a maiores temperaturas permite a criação de minerais com mais cálcio. Quanto mais baixa a temperatura, menor a quantidade de cálcio na composição da rocha e maior a de sódio. A transição entre os minerais é gradual, pois as plagioclases são minerais isomorfos, ou seja, apresentam a mesma forma cristalina mas composição química diferente. A anortite é cálcica por completo, enquanto que a albite é somente constituída por sódio.
  • Depois das séries: ocorre cristalização dos restantes componentes, formando minerais ricos em sílica. O quartzo, o último mineral formado, é completamente constituído por sílica.















Família de rochas magmáticas A classificação detalhada das rochas magmáticas requer um estudo microscópico da mesma e, na maior parte dos casos, é feita com base no diagrama QAPF. Em linhas gerais, podem considerar-se as seguintes famílias de rochas magmáticas, entre as quais existe toda uma série de rochas intermédias: